Cerca de 70% das prefeituras devem enfrentar dificuldades para pagar o 13º salário dos funcionários

“Talvez sim, não diria com 100% de certeza, mas com bastante convicção de que talvez vai passar para 2017”, disse o secretário de Finanças de Lavras, Sérgio Castelo.  Clique em Leia Mais e confira notícia completa.

 

A Prefeitura de Lavras enfrenta problemas financeiros desde 2015, quando também atrasou o 13º salário, que só foi pago este ano. A administração anunciou várias medidas para tentar equilibrar as contas: cortou pessoal, diminuiu o horário de atendimento das secretarias e escalonou o pagamento dos salários, o que gerou manifestações e greves dos servidores.

“Ocorreu em meados do ano de 2014, um reenquadramento, ou seja, um aumento de salários de alguns servidores, não todos e isso gerou um impacto na folha de pagamentos de Lavras de aproximadamente R$ 1 milhão por mês”, disse o secretário.

Essa situação pode se repetir em várias outras cidades da região. Segundo a Associação Mineira de Municípios, cerca de 70% das prefeituras devem enfrentar dificuldades para pagar o 13º salário dos funcionários neste ano. A maioria enfrenta os mesmos problemas: queda na receita e aumento das despesas.

Servidores deverão receber apenas 70% do décimo terceiro salário em Lavras (Foto: Reprodução EPTV)Servidores deverão receber apenas 70% do décimo terceiro salário em Lavras

“A Receita da União está caindo e parte das receitas dos municípios e principalmente dos menores municípios vêm da transferência do Fundo de Participação de Municípios, que é uma transferência que a União faz para os municípios a partir da arrecadação do Imposto de Renda e do IPI. Um outro problema que é a despesa. A receita caiu e a despesa vem caindo porque até 2013 a receita estava subindo, as despesas dos municípios também estava subindo”, disse o professor de finanças públicas da Unifal, Leandro Teixeira Nogueira.

Ainda segundo o professor, os novos prefeitos que irão assumir as prefeituras no próximo ano terão que fazer mais cortes para continuar oferecendo os serviços para a população.

“Se a receita caiu ele vai ter que diminuir gastos. Para isso, ele vai ter que cortar na carne, como se diz”, completou o professor.

Fonte: G1



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