Casas legislativas dominadas por indicação política

Responsáveis por fiscalizar o Executivo e criar leis para a população, as casas legislativas se tornaram um grande balcão de negócios. Em média, 75% dos cargos são preenchidos por comissionados, ou seja, indicados políticos. O aparelhamento atinge diretamente a qualidade dos serviços prestados, uma vez que não se leva em conta prioritariamente a qualificação profissional. Clique em Leia Mais e Confira notícia completa.
Alvo de denúncias como a contratação de funcionários “fantasmas”, os vereadores de Belo Horizonte são responsáveis pela contratação de 75% dos servidores da Câmara Municipal.
Na Assembleia Legislativa de Minas, 71% dos cargos são de recrutamento amplo e terceirizados. De 4.298 funcionários, 2.496 são comissionados e 1.209 efetivos.
Inchaço da máquina é ‘desvio de dinheiro’
 
o inchaço da máquina pública com a indicação, em sua maioria de cabos eleitorais, prejudica diretamente a atividade primeira dos parlamentares, segundo o doutor em ciências políticas da Universidade Federal de Juiz de Fora Paulo Roberto Figueira. Ele acredita que a média de 75% de servidores comissionados e terceirizados é alta para uma instituição pública.
“Existe uma carência de servidores qualificados, como contadores e advogados, que ajudam na atividade legislativa. Mas há um excesso de cabos eleitorais. Isso incha a máquina e acaba levando os parlamentares a pensarem eleitoralmente, não só nos interesses da sociedade”.
De acordo com o especialista, pode-se constatar um “desvio de dinheiro público”, já que muitos apadrinhados não cumprem funções diretamente associadas ao interesse público. “Colocar um tanto de gente simplesmente para trabalhar pela reeleição até desequilibra o processo eleitoral. Quem não tem cargo eletivo tem até mais dificuldades de se eleger”.
Fonte: Ana Flávia Gussen/Hoje em Dia do dia 15/12/2013


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